sábado, 23 de dezembro de 2017

Vive a tua verdade em 2018

As datas, as orientações, as coordenadas…
É certo que algumas pessoas necessitam mais destes marcos que outras. É certo também que há datas marcantes pelo simples facto de assinalarem inícios ou fins, celebrações e lutos.
O fim de ano presta-se naturalmente a um encerrar de ciclo e ao vislumbre de novas possibilidades.
Algumas pessoas já se esqueceram de festejar esta época, outras talvez a vejam como qualquer outro dia e ainda outras, possivelmente, só a sintam como uma oportunidade para cometer excessos e alhear-se da realidade.
Seja(m) este(s) o(s) teu(s) estados(s) ou não, o fim de ano representa um fim de ciclo e se quiseres que assim seja, um tempo propício à reflexão – para reflectir com a cabeça e com o coração (tu sabes que o coração não reflecte, mas sente… E o sentir sempre é mais sábio que o pensamento…).


Ainda estás a tempo de considerar esta época como uma oportunidade para de verdade pensares e decidires sobre o que queres deixar neste ano que está a terminar e o que queres levar contigo para 2018.
Aqui vai uma ajuda com algumas perguntas:
Há coisas que viveste e não gostaste?
Houve acontecimentos que, de alguma forma, gostarias de voltar a viver?
Como te sentiste durante a maior parte do ano de 2017? Feliz, triste, realizado(a), frustrado(a)? Houveram outros sentimentos?
Que aconteceu neste ano que te fez crescer?
Em que direcção caminhaste? Queres continuar por aí ou sentes que é melhor mudar?
Que coisas dão sentido à tua vida e que fizeste por elas durante este ano?
O que gostarias que estivesse contigo em 2018? Que tipo de sensações? Como te propões a alcançá-las?
Há medos que queiras deixar em 2017? Quais são? Que outras sensações te pede o teu corpo ao invés desses medos? Que oportunidades podes criar para senti-las?
Posso continuar…
Continuar a fazer-te perguntas… tantas quantas couberem neste artigo.
Para algumas vais sentir que não tens resposta. E está tudo bem com isso.
São as perguntas, a única forma que conheço para impulsionar a busca e, neste caso, a busca dentro de nós, em profundidade. Fazer esta observação de nós mesmos costuma “custar comó caraças!”. 
Ainda que algumas perguntas sejam aparentemente simples, não o são. A proposta deste texto é de que não fujas a esta reflexão e sobretudo que acolhas o sentir que ela te trouxer (seja ele mais alegre ou mais triste).
Escreve as respostas, se isso fizer sentido para ti. Define outras perguntas para o teu Ser, mesmo que ainda não conheças as respostas… Não importa que não as conheças ou que demores muito em descobri-las.
Apenas abre esse espaço e abraça-te com muito amor enquanto te permites viver as certezas e as dúvidas que surgem nestes momentos em que nos escutamos, em que trazemos à tona o que navega nas águas mais profundas de quem Somos.

Podes sentir angústia e até medo durante esta observação. Se isso acontecer lembra-te de algo:
Há um lado divino em ti, um lado que pode tudo e no qual podes sempre confiar.
Há vezes em que te esqueces de que está lá… sempre presente para te guiar. Diz a esse teu lado para onde queres caminhar, que queres que continue no teu percurso e que queres limpar e deixar para trás. Partilha com o teu divino os teus desejos e inquietações e fica atento(a) a qualquer sinal de resposta… Uma frase que lês num livro, um sonho mais vívido, uma sensação, uma palavra de um(a) amigo(a), etc… Confia nos sinais, nas coincidências e nas sincronicidades e deixa que iluminem o teu trilho.
Sobretudo, confia em Ti e no teu Sentir para seres mais honesto(a) e viveres mais a Tua verdade em 2018.
Faz deste novo ciclo um ano extraordinário, simplesmente porque mereces! 

Daniela Toscano
danielalourotoscano@gmail.com

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A opinião dos outros

A opinião dos outros é importante para ti?
Vives em função do que os outros pensam ou podem pensar?
A opinião dos outros condiciona as tuas decisões na maior parte das vezes?
Se respondeste “Sim” às três questões anteriores, então está na hora de perceberes que a tua vida é muito mais importante do que a opinião dos outros.

E o que significa isso?
Significa que tu podes e deves pensar por ti e sentir no centro do teu Ser, se o que vais decidir te fará feliz.
O que precisas saber ou aprender para conseguires libertar-te do peso da opinião dos outros?
  • ·         Aprender a respeitar o teu Ser e a tua vontade
  • ·         Aprender a dizer: “Eu sou mais importante do que os outros, quando se trata das decisões para a minha vida”.
  • ·         Aprender a dizer “NÃO”
  • ·         Aprender a ter limites e a impôr limites
  • ·         Aprender a ser fiel ao teu Ser Interno (à tua Voz interior)
  • ·         Aprender a ser verdadeiro
  • ·         Aprender a ter coragem de assumir o que realmente queres para ti
  • ·         Aprender que tens VALOR e que a opinião dos outros é apenas – a opinião de outros e não a tua.
  • ·         Aprender a olhar para ti e GOSTAR de TI. Procura os teus aspectos positivos e foca-te neles.
  • ·         Aprender que o mais importante nas tuas escolhas é que sirvam para seres feliz.
  • ·         Aprender que o teu Equilíbrio é muito mais importante do que a opinião dos outros.
  • ·         Aprender a LIBERTAR desse peso que dás aos pensamentos dos outros.

Como podes aprender a fazer isso?
R: Senta-te tranquila(o) e formula a questão para o teu Ser Interno. Por exemplo:
  • ·         Eu quero mesmo ir a essa festa com o meu namorado(a), ou vou apenas para ele(a) se sentir feliz ?
  • ·         Eu quero mesmo vestir esta roupa ou é apenas para não “parecer” mal (aos outros)?
  • ·         Eu quero mesmo viver aqui ou apenas não tenho coragem de mudar?
  • ·         Eu quero mesmo estar neste trabalho ou não tenho coragem para mudar?
  • ·         Eu quero mesmo ir de férias ou fim de semana com os meus pais ou é apenas para eles não levarem a mal?
  • ·         Eu quero mesmo sair hoje com as minhas amigas ou preferia estar sossegada a ler e ouvir musica?
Se formos verdadeiros connosco e honestos com os outros poderemos simplesmente dizer: “olha, lamento mas não vou porque hoje não me apetece e prefiro…. Não tem a ver com a tua pessoa, mas apenas com o que me fará feliz. Fica para outra altura”.

Ou então dirás:” lamento mas eu realmente não gosto nada desse tipo de coisas, e portanto não poderá contar comigo”.

Ou não dirás nada a ninguém, e falas apenas contigo própria(o):
 “ Respeita-te, sê verdadeira(o) contigo e honesta(o) com os outros, o teu sacrifício não vai valer a pena e vais acabar frustrada.”

Não permitas que a opinião dos outros te impeça de viver em Equilíbrio, livre e em Harmonia com todo teu Ser. LIBERTA-TE!!!

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Surfando nas Ondas das Emoções

“Não somos responsáveis pelas emoções,
mas sim com o que fazemos com elas.”
Jorge Bucay

As emoções são como as ondas do mar, vão e vêm, de forma calma e suave ou de forma violenta e agressiva. Não podemos impedir, nem devemos, que aflorem; mas podemos aprender a observa-las, a acolhe-las e a geri-las.

Cada emoção que surge trás um manancial de informação sobre nós e é por isso tão importante no nosso caminho de auto-conhecimento, darmos espaço para que elas aflorem e se manifestem, não as reprimindo, ignorando ou subestimando.

Como posso aprender a gerir as minhas emoções?

Comece por praticar diariamente o estado de Atenção Plena aos seus processos interiores e verá que posteriormente fortalece essa capacidade, podendo aplica-la em qualquer momento do seu dia-a-dia.

Sente-se confortavelmente numa cadeira, com as costas direitas, imagine que um fio o puxa desde a cabeça em direção ao céu, assegure-se de que as pernas não estão cruzadas e de que ambos os pés estão assentes no chão.



Traga agora a sua atenção para as sensações que está a sentir no corpo; na barriga, na garganta, no maxilar, nos ombros ou uma sensação crescente na cabeça.

Dê um nome à emoção que associa a esses sentimentos; ansiedade, medo, tristeza, angustia, raiva… Se sentir dificuldade, dê-lhe apenas o nome de "sentimento".

Deixe que a emoção se manifeste, poderá sentir a sua respiração acelerar ou alguma dor física a ficar mais forte ou vontade de chorar… Deixe que o processo aconteça, deixe que essa emoção há tanto tempo reprimida se manifeste.

Se sentir que está a ficar muito doloroso, coloque-se como sendo um observador desse processo, como se estivesse a ver um filme do qual você é o protagonista. Você e essa emoção são distintos, trabalhe agora a capacidade de se diferenciar dela. Ela apenas se manifesta em si, mas não é você.

Por vezes pode acontecer a emoção ter-se manifestado inicialmente como uma dor de cabeça e passar agora a ser uma dor no peito. Observe apenas. Lembre-se de que está apenas a sentir a fisicalidade da energia dessa emoção.

E relembro de que você não é essa emoção, ela apenas se manifesta em si.

O intuito deste exercício é ganharmos músculo na capacidade de identificarmos e gerirmos as nossas emoções e assim sermos nós a controlar o processo, permitindo-nos agir e interagir nas experiências da vida, em vez de reagirmos de forma automática.

Quando a emoção acalmar e o sentimento passar permaneça durante alguns momentos na posição de sentado e leve agora a sua atenção para a sua respiração ou simplesmente desfrute do momento.



Mime-se depois deste exercício, mantenha-se quente, beba um copo de água, vá dar um passeio ou apanhar sol. Dê um abraço a si próprio.

Parabéns por se permitir a este processo. Na vida tenha presente o lema...

"Tenha coragem e seja gentil!"

Catarina Ferreira dos Santos
cathy.f.santos@gmail.com

Aproveite para ler também: Música que cura

domingo, 29 de outubro de 2017

Quem sou EU?




Quando temos que nos apresentar a alguém normalmente dizemos o que fazemos, qual a nossa actividade ou profissão.
Por exemplo, eu sou coach, engenheira, médico, psicóloga, designer, actor, etc.
A pergunta é, a tua profissão define o que tu és?
Ou tu és muito mais do que a tua actividade profissional, mesmo que ela te realize plenamente?
Nós antes de termos uma profissão ou qualquer formação académica, somos pessoas, seres humanos.

Então o que caracteriza os seres humanos?
R: São as suas emoções, os seus valores/princípios, as suas crenças, a sua identidade.

Proponho que penses nas seguintes questões:
  • ·         Quais são os meus valores/princípios que são importantes e fundamentais para mim?
  • ·         Quais são as coisas em que acredito e que me caracterizam?
  • ·         Do que gosto muito? Do que não gosto?
  • ·         O que me faz feliz?
  • ·         O que me equilibra?
  • ·         Onde e como me Conecto?
  • ·         Quem sou Eu independentemente da minha actividade?

Será que a tua profissão te define na totalidade? Se não, podes passar a apresentar-te de outra forma começando por dizer algo do tipo:

Eu chamo-me…. sou uma mulher que adora viajar, contemplar a natureza, o riso das crianças, nadar, correr…, acredito nas pessoas e no futuro da humanidade, defendo a sustentabilidade do planeta…, irrito-me com injustiças, não gosto de gritos e violência, etc.


Se apresentares o melhor que há em ti, também o outro poderá fazer o mesmo e assim não te reduzes apenas ao que fazes.
Desta forma vais poder conhecer-te melhor e identificar o que realmente é muito importante para a tua felicidade e Equilíbrio.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Contemplar




Ficar imóvel, interromper todos os fluxos distractores, os externos e os internos, ficar assim, aí, nesse estado de vazio e ausência, apenas e só, sem fazer nada – observar.



Em crianças tantas vezes nos encontramos nesse estado... 

Quando foi que desaprendemos esta arte? 

Porque nos sentimos tão inúteis e culpados quando nos propomos nada fazer? Fugimos do quê, de quem, quando evitamos estar sem nada fazer? O que tem a contemplação de tão subversivo para a termos extinguido das nossas vidas? Da nossa sociedade? A sociedade da velocidade e da multiplicidade de estímulos, a sociedade do barulho das luzes...

É urgente reaprender esta arte! Numa arriba, numa floresta, à janela ou no chão da sala, pára, cala-te, sossega, deixa o vazio entrar... Contempla!

Contemplar calibra-nos a alma, devolve-nos a liberdade.



Rita Carreto
ritatoscanocarreto@gmail.com

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Elogio e Crítica – Quais as doses recomendadas?

Um dos desafios que se impõe quer no âmbito pessoal quer profissional é a necessidade de dar feedback. Por outras palavras, dar feedback consiste em dizer a outra(s) pessoa(s) qual a nossa opinião sobre o seu trabalho ou comportamento.

É fácil? Nem sempre.

Alguns de nós temos dificuldade em elogiar, outros empancamos quando é necessário fazer uma crítica e há também as situações em que fazemos comentários demasiado generalistas sobre o que estamos a analisar não dando oportunidade a quem nos ouve de saber o que especificamente fez bem ou o que em concreto pode melhorar.


Sendo assim, como se pode dar e receber feedback de uma maneira fluída e ao mesmo tempo clara e construtiva? Como se pode ajudar cada pessoa a receber essa informação com abertura e disponibilidade para a integrar no seu processo de desenvolvimento?

No livro “The Leader in You” encontrei um exemplo extraordinário praticado na empresa SONDA S. A., de Andrés Navarro. Nesta organização havia uma regra muito importante. Sempre que alguém encontrava algo ou alguém de quem não gostava, deveria escrever essa informação num papel, sem a partilhar. Posteriormente, a sua missão consistia em descobrir 3 coisas boas acerca dessa pessoa ou situação. Só depois de referir essas 3 coisas boas poderia apresentar a crítica que identificou primeiro.

Encontrar aspectos positivos no comportamento dos outros ajuda-nos a manter relações mais harmoniosas e apreciativas. Seja no trabalho ou na vida pessoal, integrar os elogios na nossa relação com as demais pessoas é fundamental. Todos gostamos de ser reconhecidos e de que nos digam o que fizemos bem.


Assim, um feedback efectivo tem em conta o elogio antes da crítica, integrando aspectos concretos e bem definidos sobre o que está bem feito. Por exemplo:

- Maria, gostei muito da forma como apresentaste o teu ponto de vista na reunião de hoje. Tratava-se de um tema delicado e conseguiste falar sobre o que era necessário de forma tranquila e bastante clara. Os argumentos que utilizaste ajudaram a perceber as decisões que tivemos de tomar.

Só depois de se fazer referência ao que foi positivo se pode indicar o que não esteve bem. No entanto, devemos ter o cuidado de apresentar a crítica de forma construtiva e focada na solução, referindo o que gostaríamos que tivesse acontecido e não reforçando o problema que se manifestou. Poderíamos, então, continuar da seguinte forma:

- Teria sido bom acrescentar alguns dados estatísticos à apresentação. Assim, poderias dar ainda mais força aos teus argumentos.

Para terminar o feedback de forma entusiasta e motivante, podemos destacar algo que foi realmente bom no desempenho da pessoa. Por exemplo:

- Gostava ainda de destacar que o que mais apreciei foi a forma segura como respondeste a todas as questões que te colocaram. Senti que te preparaste seriamente para esta reunião.

1. Elogiar
2. Apresentar a crítica de forma construtiva e
3. Destacar o melhor da situação analisada
é uma forma simples e prática para dar feedback às pessoas com quem interagimos.


Por vezes é mais fácil criticar e nem sempre nos ocorrem os elogios. Noutros momentos, damos feedback a despachar e generalizamos os nossos comentários num simples: - “Está tudo bem!” ou “Gostei muito.”.

Em ambas as situações descuidamos a oportunidade para passar uma mensagem honesta e detalhada sobre o desempenho da outra pessoa. É importante aproveitar os momentos de feedback para, por um lado, promover a segurança da pessoa em causa ao reforçar o que fez bem e, por outro, ajudá-la a expandir as suas capacidades através de críticas focadas em soluções e sugestões.


Assim, podemos apoiar-nos nesta estrutura para dar os próximos feedbacks. Recordando sempre a importância de o fazer de forma franca e integrando esta técnica, de maneira natural, no nosso estilo de comunicação pessoal.


Daniela Toscano
danielalourotoscano@gmail.com

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Música que Cura


“Aquele que conhece os mistérios do som, desvendará todo o Universo.”
Hazrat Inayat Khan


Ouvir música é muitas vezes algo que as pessoas referem como ocupação dos seus tempos livres. E dependendo do tipo de música, esta pode ter inúmeros benefícios, não é por acaso que a música é já usada para fins terapêuticos.

O que acontece então quando ouvimos música?

A música permite ativar certas regiões do cérebro que estão relacionadas ao movimento, ao planeamento, à atenção, à aprendizagem e à memória.
Ouvir música promove a libertação de uma substância química no cérebro chamada dopamina. A dopamina é um neurotransmissor com inúmeras funções importantes, entre elas: o movimento, a memória, a recompensa agradável, o comportamento e cognição, a atenção, o sono, o humor e a aprendizagem. O excesso ou a carência desta substância pode ser a causa de diversas patologias.


A música tem também o dom de tocar as nossas emoções e sentimentos. Muitas músicas remetem-nos a momentos passados, por vezes agradáveis outros nem tanto. Quando menos agradáveis, é uma oportunidade de trabalhar o que de negativo ficou guardado, como ferida interna, lidar com essas emoções que naquela altura passada não soubemos como fazê-lo. Quando agradáveis afloram sentimentos com alta vibração, arrepios, sensação de calor interno, paz, serenidade, tranquilidade, amor, alegria, …

Através das músicas certas todo o nosso corpo é levado a entrar num estado de relaxamento, permitindo a redução de stress e ansiedade, alívio de dores somáticas, melhoria do sono, ... Melhorando o nosso bem-estar e qualidade de vida.

Pode ser o combustível para uma conexão mais intima connosco mesmo, de forma a desenvolver o nosso trabalho de auto-conhecimento e a termos uma relação mais amorosa, harmoniosa e saudável connosco mesmos. E se estamos bem connosco, isso vai-se refletir nas nossas relações exteriores.


Como fica claro, o som e a música têm um papel importante na nossa vida e é assim essencial tornarmo-nos mais sensíveis aos sons que nos permitimos escutar e com os quais nos rodeamos no nosso dia-a-dia.


Catarina Ferreira dos Santos
cathy.f.santos@gmail.com

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

INTUIÇÃO - O QUE É?

A intuição é uma ferramenta indispensável ao ser humano e muitos de nós ignoramos a sua importância.
Todos nós mulheres e homens possuímos algo que nos permite sentir coisas que, por vezes, parece que não têm uma explicação lógica ou racional. Isto porque é informação proveniente duma fonte divina, ou celeste, ou do Universo, como queiram designar.


Costumo dizer que todos temos antenas, canais de percepção/comunicação.
Alguns de nós preservamos e mantemos esses canais abertos desde o inicio da nossa criação, outros decidem bloquea-los por diversas razões, muitas vezes relacionadas com medo do desconhecido ou do invisível.
Mas a verdade é que a maior parte dos artistas, sejam musicos, escritores, artistas plasticos, criadores de artecientistas são inspirados superiormente e recebem essa informação através da intuição.
A intuição é aquela voz interior que nós ouvimos, ou aquela sensação que nos permite ter empatia com uma pessoa, ou não.
Saber ouvir a nossa intuição é como ouvir o nosso ser interno, aquela parte de nós que sabe sempre o que é melhor para o nosso ser, para a nossa alma.
Como podemos desenvolver a nossa intuição?

Estando cada vez mais atentos a essa voz interior que nos alerta e avisa. E confiar nela.
A intuição é a tal ferramenta que nos liga a planos superiores, de forma a acerdermos a informação, à energia que nos nutre e revitaliza,.
Através da meditação e do auto desenvolvimento pessoal vamos abrindo mais estes canais e ficamos mais intuitivos, mais perceptivos, e mais mediunicos.

Em psicologia, intuição é um processo pelo qual os humanos passam, às vezes e involuntariamente, para chegar a uma conclusão sobre algo. Na intuição, o raciocínio que se usa para chegar a conclusão é puramente inconsciente, fato que faz muitos acreditarem que a intuição é um processo paranormal ou divino.
O matemático e filósofo Blaise Pascal referia-se à intuição como o produto da capacidade da mente de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, graças às infinitas conexões inconscientes que tornam possível à mente consciente fazer escolhas.
Grandes cientistas, entre eles o físico Albert Einstein, considerado o maior intuitivo da história, enfatizaram o valor do potencial intuitivo.
O psiquiatra Carl Jung dizia sobre o conhecimento intuitivo: “Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior”.

Portanto, cofiemos na nossa intuição, para que saibamos sempre o que é melhor para o nosso ser, para a nossa alma.


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A Mãe (Natureza)

Os pés na areia, o cheiro da floresta, o ruido das ondas do mar, o vento fresco no topo de uma montanha... Provocam-nos as sensações mais simples, mas no entanto mais belas e profundas. Apelam aos nossos sentidos e provocam um incrível e relaxante sentimento de bem-estar.

A natureza alimenta e purifica a nossa alma, o nosso corpo e a nossa mente, acolhe-nos com todo o seu esplendor e recebe e aceita a nossa presença e companhia independentemente do nosso estado ou condição. Simplesmente recebe-nos, torna-nos parte de si, da sua pureza, parte do magnífico equilíbrio perfeito por si criado.

No reino da natureza, mesmo dentro do maior caos, existe beleza, equilíbrio, calma e paz... Tudo é vida no seu reino, até mesmo na morte e destruição, encontramos nova vida e energia renovada.
A natureza tem o ritmo certo, tudo acontece no momento exacto, não existem ritmos impostos, tudo flui de forma precisa.

A natureza representa o equilíbrio supremo e ao entrarmos em comunhão com ela, também nós entramos num estado positivo de equilíbrio, acompanhamos o seu ritmo, tornamo-nos mais calmos e emanamos energia revigorada e positiva.
E o melhor de tudo,é que todos estes benefícios são gratuitos, a natureza não nos cobra pela sua partilha, a natureza apenas dá! Pedindo-nos em troca, apenas amor e estima.

Conecta-te com a natureza, a origem primordial de todos nós e através desta simples comunhão, encontrar-te-ás com o melhor de ti mesmo.


Joana Lourenço

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Silêncio

Silêncio


Silêncio - substantivo masculino (do latim silentium)

1. estado de quem se abstém ou pára de falar.
2. cessação de som ou ruído.
3. interrupção de correspondência ou comunicação.
4. omissão de uma explicação.
5. sossego, quietude, calma.
6. segredo, sigilo.
7. toque nos quartéis e conventos, depois do recolher.


.in dicionário Priberam.


Num mês privilegiadamente de festa, barulho, partilha, comunhão e férias, como é o mês de Agosto, venho falar sobre silêncio. Esse estado de ausência de ruído, ausência de comunicação, essa pausa, essa paragem.

Há-os de várias formas e tons.
Há os silêncios prateados das estrelas e os dourados do pôr do sol.
Há os doces e os salgados.
Há os planeados e os inesperados.
Há até os silêncios ensurdecedores.




Estar em silêncio, contemplar, observar, sentir ... 


São como uma estação de tratamento de ruídos. Permitem filtrar as interações, as partilhas e o ruído do dia, da semana, do mês. Limpam-nos os sentidos, apuram o olhar, a audição, o paladar ... Ajudam-nos a separar o importante do acessório. São de um valor inestimável!

A respiração fica mais presente, o coração bate mais devagar, o cérebro desliga dos múltiplos estímulos, o corpo sossega e a alma dança! A alma desperta e dança, dança, dança!

E depois há os silêncios em companhia! Estar na companhia de alguém em silêncio. Sem necessidade de conversas. Recordo muitos silêncios de ouro na companhia de pessoas especiais. Ainda hoje distingo as pessoas entre as que conseguem estar na minha companhia em silêncio, tranquilamente e as que não.

O silêncio devolve-nos a casa.




Rita Carreto
ritatoscanocarreto@gmail.com
 

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Sabes dizer “Não”?


Houve certamente momentos em que quisemos dizer “Não” a algo e não o conseguimos fazer.

Quando ficámos aquelas horas a mais no escritório, fizemos um favor que não nos apetecia, fomos a um lugar sem vontade ou nos deixámos levar por uma discussão desgastante. Estes são apenas alguns exemplos de situações às quais podemos ter tendência a ceder mesmo quando não nos queremos sujeitar a elas.

Dizer que “Não” é uma dificuldade comum. Podemos identificar-nos com ela ou conhecer várias pessoas que se deparam com esta incapacidade.

Por outro lado, ouvir um “Não” numa situação que para nós é importante também nos gera sensações negativas e pode fazer-nos reagir com manifesto desagrado.

Apesar disso sabemos que cada pessoa tem direito a dizer que não quer, não pode, não deseja, etc…




Um livro que me ajudou muito a ser capaz de afirmar os meus “Nãos” e a gerir melhor os dos outros foi “O Poder de Um Não Positivo” de William Ury.

Para este autor, a aptidão para dizer “Não” começa a desenvolver-se quando encontramos e respeitamos a nossa razão interna para querer dizer que não.

Se por exemplo, hoje, a minha chefia me pede para ficar mais tempo no escritório para terminar um relatório e justamente esta noite tenho um jantar de família ao qual não quero faltar ou chegar atrasada, a minha razão interna para dizer que não ao pedido da chefia é a vontade de estar presente no evento familiar.

O que acontece por vezes, neste tipo de situações, é que sacrificamos o compromisso pessoal para evitar dizer que não no trabalho. Quando isso sucede, desrespeitamos a nossa vontade, a nossa verdade e criamos uma situação que nos pode fazer viver sensações negativas, como culpa, tristeza ou raiva.

Para evitar estas sensações podemos aplicar a estratégia assertiva proposta por William Ury, começando sempre por reconhecer e ter em conta a verdade pessoal que nos faz querer dizer que não e à qual o autor identifica como o nosso “Sim!”.


Assim quando quero dizer “Não” devo começar por reforçar este “Sim!”e em seguida dar a resposta negativa, “Não.” Por fim, termino com uma proposta alternativa para o pedido que me foi feito, o que Ury identifica como “Sim?”.

Desta forma, esta seria a estrutura de um Não Positivo:

Sim!
Não.
Sim?

Na prática seria algo como:

- Lamento, hoje tenho um jantar de família muito importante ao qual faço questão de chegar dentro de uma hora. Por essa razão não posso ficar mais tempo. No entanto, amanhã posso vir um pouco mais cedo e termino o relatório para que possa estar finalizado dentro do prazo, combinado?

Nesta estratégia vemos que existe uma manifestação da nossa verdade e também uma proposta para satisfazer o desejo ou pedido da outra pessoa. Isto ajuda-nos a promover uma comunicação mais harmoniosa e a diminuir a probabilidade de conflito.

Sendo uma estrutura relativamente simples (Sim!, Não., Sim?) permite-nos uma utilização muito abrangente e a possibilidade de a adaptar às mais diversas situações.

Então, só depende de cada um de nós começar a utilizar o poder de um não positivo já na próxima oportunidade. Vais fazê-lo?



Daniela Toscano
danielalourotoscano@gmail.com

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Abraço Terapêutico



"Precisamos de 4 abraços por dia para sobreviver. Precisamos de 8 abraços por dia para nos manter. Precisamos de 12 abraços por dia para crescer."

Esta frase da famosa psicoterapeuta norte-americana Virginia Satir resume o quanto os abraços são importantes no nosso dia-a-dia. Um abraço instintivo, profundo e sentido é profundamente sanador.

Pesquisas feitas por investigadores da Universidade da Carolina do Norte concluíram que mesmo um abraço breve, cerca de 20 segundos, mas dado e recebido cheio de essência, tem inúmeros benefícios. Alguns desses benefícios são: faz bem à saúde, melhora a qualidade de vida, ajuda na redução do stress, torna-nos pessoas mais felizes, ajuda no desenvolvimento das relações humanas, diminui a violência, cura doenças,... Permite-nos alcançar um estado de equilíbrio como seres humanos.

Assim sendo, não vamos poupar nos abraços!



Quando deste o teu último abraço?
Mesmo que não tenhas ninguém por perto, permite-te AGORA abraçares-te a ti mesmo, abraçares um animal de estimação, abraçares um boneco de peluche ou abraçares uma árvore... Depende de onde estejas neste momento. O espaço que se abre num abraço é profundamente seguro, acolhedor e reconfortante... Sente... E usufrui desta dádiva da vida!

Catarina Ferreira dos Santos
cathy.f.santos@gmail.com

domingo, 25 de junho de 2017

O Sentido da Alma

 "A grande enfermidade do séc XX, ligada a todos os nossos problemas e afectando-nos individual e socialmente,  é a "Perda da Alma".  Thomas Moore,  in O Sentido da Alma

Estamos já no séc XXI , na era da globalização,  mas as nossas mais profundas questões,  que nos abalam e desorientam, têm sempre a ver com a perda da Alma ou com o sentido que damos à vida.
Nas insatisfações, que são a parte integrante na prática diária de uma terapeuta, temos:
             * o vazio
             * a ausência de significado para a vida
             * a desilusão face aos relacionamentos
             * a ausência de valores/objectivos
             * a ânsia de realização pessoal
             * a sede de espiritualidade
Como podemos ajudar a resolver estas questões?
É preciso reconhecer os sintomas como a voz da Alma.
É preciso encaminhar o ser, de forma a que encontre o sentido da Alma.
É preciso perguntar ao nosso ser interno o que nos faz feliz,  pleno de alegria e paz.
É preciso sentir no nosso centro de bem estar (zona do cardíaco), dia-a-dia,  o que nos alimenta a Alma.
Como podemos ouvir o nosso ser interno?
           1. Formular a pergunta (o que me dá alegria de viver?)
           2. Fechar os olhos, entrar bem dentro de nós.
           3. Entregar e deixar fluir calmamente, com serenidade e ficar atento(a) a tudo o que emerge à nossa mente.  Algo vai surgir que fará sentido à  Alma,  de forma a sentirmos-nos plenos de alegria e Amor.
Estes são os alimentos para a Alma que darão sentido à vida, que vão preencher o vazio.
Podemos também diariamente alimentar a Alma conectando-nos com a natureza, o Sol, as árvores, as flores, o mar, as estrelas, respirar com consciência.
A criatividade e as artes têm a magia de nos ligar à Alma nutrindo-a.

" Pensemos, então, em cuidar da Alma como uma aplicação da arte poética à existência diária". Thomas Moore in Sentido da Alma
                                    imagem do livro, O pássaro da alma, de  Michal Snunit
Cristina Méga
padeiro.cristina@gmail.com