quarta-feira, 26 de julho de 2017

Sabes dizer “Não”?


Houve certamente momentos em que quisemos dizer “Não” a algo e não o conseguimos fazer.

Quando ficámos aquelas horas a mais no escritório, fizemos um favor que não nos apetecia, fomos a um lugar sem vontade ou nos deixámos levar por uma discussão desgastante. Estes são apenas alguns exemplos de situações às quais podemos ter tendência a ceder mesmo quando não nos queremos sujeitar a elas.

Dizer que “Não” é uma dificuldade comum. Podemos identificar-nos com ela ou conhecer várias pessoas que se deparam com esta incapacidade.

Por outro lado, ouvir um “Não” numa situação que para nós é importante também nos gera sensações negativas e pode fazer-nos reagir com manifesto desagrado.

Apesar disso sabemos que cada pessoa tem direito a dizer que não quer, não pode, não deseja, etc…




Um livro que me ajudou muito a ser capaz de afirmar os meus “Nãos” e a gerir melhor os dos outros foi “O Poder de Um Não Positivo” de William Ury.

Para este autor, a aptidão para dizer “Não” começa a desenvolver-se quando encontramos e respeitamos a nossa razão interna para querer dizer que não.

Se por exemplo, hoje, a minha chefia me pede para ficar mais tempo no escritório para terminar um relatório e justamente esta noite tenho um jantar de família ao qual não quero faltar ou chegar atrasada, a minha razão interna para dizer que não ao pedido da chefia é a vontade de estar presente no evento familiar.

O que acontece por vezes, neste tipo de situações, é que sacrificamos o compromisso pessoal para evitar dizer que não no trabalho. Quando isso sucede, desrespeitamos a nossa vontade, a nossa verdade e criamos uma situação que nos pode fazer viver sensações negativas, como culpa, tristeza ou raiva.

Para evitar estas sensações podemos aplicar a estratégia assertiva proposta por William Ury, começando sempre por reconhecer e ter em conta a verdade pessoal que nos faz querer dizer que não e à qual o autor identifica como o nosso “Sim!”.


Assim quando quero dizer “Não” devo começar por reforçar este “Sim!”e em seguida dar a resposta negativa, “Não.” Por fim, termino com uma proposta alternativa para o pedido que me foi feito, o que Ury identifica como “Sim?”.

Desta forma, esta seria a estrutura de um Não Positivo:

Sim!
Não.
Sim?

Na prática seria algo como:

- Lamento, hoje tenho um jantar de família muito importante ao qual faço questão de chegar dentro de uma hora. Por essa razão não posso ficar mais tempo. No entanto, amanhã posso vir um pouco mais cedo e termino o relatório para que possa estar finalizado dentro do prazo, combinado?

Nesta estratégia vemos que existe uma manifestação da nossa verdade e também uma proposta para satisfazer o desejo ou pedido da outra pessoa. Isto ajuda-nos a promover uma comunicação mais harmoniosa e a diminuir a probabilidade de conflito.

Sendo uma estrutura relativamente simples (Sim!, Não., Sim?) permite-nos uma utilização muito abrangente e a possibilidade de a adaptar às mais diversas situações.

Então, só depende de cada um de nós começar a utilizar o poder de um não positivo já na próxima oportunidade. Vais fazê-lo?



Daniela Toscano
danielalourotoscano@gmail.com

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Abraço Terapêutico



"Precisamos de 4 abraços por dia para sobreviver. Precisamos de 8 abraços por dia para nos manter. Precisamos de 12 abraços por dia para crescer."

Esta frase da famosa psicoterapeuta norte-americana Virginia Satir resume o quanto os abraços são importantes no nosso dia-a-dia. Um abraço instintivo, profundo e sentido é profundamente sanador.

Pesquisas feitas por investigadores da Universidade da Carolina do Norte concluíram que mesmo um abraço breve, cerca de 20 segundos, mas dado e recebido cheio de essência, tem inúmeros benefícios. Alguns desses benefícios são: faz bem à saúde, melhora a qualidade de vida, ajuda na redução do stress, torna-nos pessoas mais felizes, ajuda no desenvolvimento das relações humanas, diminui a violência, cura doenças,... Permite-nos alcançar um estado de equilíbrio como seres humanos.

Assim sendo, não vamos poupar nos abraços!



Quando deste o teu último abraço?
Mesmo que não tenhas ninguém por perto, permite-te AGORA abraçares-te a ti mesmo, abraçares um animal de estimação, abraçares um boneco de peluche ou abraçares uma árvore... Depende de onde estejas neste momento. O espaço que se abre num abraço é profundamente seguro, acolhedor e reconfortante... Sente... E usufrui desta dádiva da vida!

Catarina Ferreira dos Santos
cathy.f.santos@gmail.com