quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Aiii, Medo!


Cães, baratas, aranhas, andar de avião, falar em público, espaços fechados, multidões…


Há uns anos lembro-me de ter um imenso medo de cães…Hoje percebo que este medo começou quando eu era muito pequena. Tinha cerca de 1 ano e estava ao colo da minha mãe quando a Black, uma cadela da raça Pastor Alemão que os meus primos tinham, se atirou a nós. Segundo sei pela minha mãe, assustei-me imenso e a partir daí o meu cérebro terá criado a seguinte representação mental: Cão grande e preto = Perigo!
Esta situação gerou em mim um medo enorme de cães que só foi superado depois de escolher expor-me a eles percebendo que a crença inconsciente e limitadora que tinha associada aos cães era apenas isso, uma crença!
E tu, tens algum medo, específico? O que já fizeste para o resolver?
 Esta conversa sobre medos lembra-me um outro tema que são as fobias.
A fobia é, segundo a Organização Mundial da Saúde (1993) citado por Araújo, N. ( 2011)[1] " um medo persistente, desproporcional e irracional de um estímulo que não oferece perigo real ao indivíduo".
As fobias afetam a nossa qualidade de vida condicionando-nos em muitas da nossas escolhas e decisões do quotidiano.

Por exemplo: Tens de fazer a apresentação pública de um trabalho académico ou profissional. O que te acontece? Ficas com um pânico de morte ou é um receio normal e suportável?
Na tua casa limpa e imaculada aparecem algumas baratas. Como fazes? Desesperas, gritas e foges esperando que elas desapareçam ou arranjas uma forma de as fazer sair de lá naturalmente?  
Tens uma viagem de avião, programada pela empresa, daqui a uma semana. O que acontece? Começas a sentir-te impaciente, ansioso(a), com palpitações só com a ideia do avião poder cair ou, embora receies, decides ficar tranquilo(a) e pensar em outra coisa durante a viagem?
As fobias podem, verdadeiramente, afetar a nossa vida quer a nível pessoal quer a nível profissional.
Entendamos agora a distinção entre medo e fobia:
Segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - DSM-5 (Mognon, J., Santos, A. & Martins, S., 2017 )[2], “o medo é uma emoção que envolve a percepção de um perigo iminente que pode ser real ou imaginário e que serve como uma defesa do organismo. Entretanto, quando se torna exagerado em relação a uma determinada situação, torna-se um transtorno de ansiedade denominado de fobia específica”.
O medo é uma reação natural que amplia a nossa capacidade de atenção e resposta perante situações, animais ou objetos.
Existem receios que são fundamentados (a picada de uma cobra venenosa, cães que podem ser agressivos, atravessar uma estrada sem olhar, etc...), por isso é importante e salutar que tenhamos medo. Esta reação ajuda a proteger a integridade do nosso corpo.
A fobia é quando o medo se torna incontrolável e excessivo. A pessoa reconhece a falta de sentido lógico para a reação emocional que está a ter mas não consegue controla-la, vivendo o pânico quando confrontada com o objeto, animal ou situação que funciona como estímulo fóbico (gatilho).

Alguns dos sintomas físicos desencadeados por quem sofre de fobia:
- Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado, sensação de asfixia, transpiração excessiva, náuseas, medo de perder o controlo, calafrios.

Algumas dicas que te poderão ajudar:

  • Identifica o que te causa um medo exagerado, desproporcional e persistente;
  • Procura realizar algumas técnicas de relaxamento (respiração, meditação, exercício físico...); 
  • Visualiza a situação que te provoca medo. Ao fazê-lo poderás sentir-te mais tranquilo(a) no momento de enfrentar o que provoca este medo;
  • Expõe-te, progressivamente, ao que te provoca medo para começares a reduzir a ansiedade;
  • Fala sobre o assunto a outras pessoas e junta-te a comunidades que padecem de fobias específicas. Procura saber o que outras pessoas fizeram para superar a fobia;
  • Cultiva o pensamento positivo. Sempre que te vier aquele medo à cabeça opta por substituir esse pensamento por outro positivo ou neutro que te desvie a atenção do pensamento negativo e fóbico;
  • Procura ajuda especializada;
Persiste e trabalha a paciência!


Em Amor... 
Com Alma, Corpo e Mente

Creditos: Pixabay
Teresa Peral
teresaperalribeiro@gmail.com



[1] Araújo, N. (2011). Fobia específica: passo a passo de uma intervenção bem-sucedida. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872011000200007
[2] Mognon, J., Santos, A. & Martins, S. (2017). Avaliação e intervenção para o medo e fobia de dirigir: revisão da literatura recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-34822017000100008


domingo, 25 de novembro de 2018

ACONCHEGO

Sinónimos de aconchego: conforto; acolhimento; abraço; amparo; calor; protecção

O Outono e o Inverno são estações que nos remetem para o recolhimento fisico e interior.
Nesta época todos nos sentimos mais frágeis, mais permeáveis devido aos dias cinzentos com chuva. Falta-nos o Sol que nos ilumina e aquece a alma.
Então o desafio nestes dias é descobrir o que nos aconchega.


Na infância o aconchego do colo é fundamental para o bom desenvolvimento emocional do ser.
Em adultos podemos sentir esse aconchego através de várias coisas ou eventos que nos remetem para memórias dessas sensações, em que nos sentiamos acarinhados, protegidos, agasalhados, ligados, em proximidade, unidos a alguém.


O ACONCHEGO pode ser uma sensação do físico ou da alma.
Por exemplo:

  Créditos: Heyland &Whittle london
  • um leite dourado quentinho/chocolate quente
  • uma papa de aveia com mel e canela
  • uma sopa de abóbora bem cremosa
  • um bolo que nos leva para memórias boas
  • um abraço de um amigo(a)
  • um colo do namorado(a)
  • estar no sofá com uma manta fofinha
  • uma massagem com óleos quentes                                   
  • ver uma comédia romântica
  • ir a um bailado
  • assistir a um concerto/teatro
  • ler um livro que nos toque a alma
  • participar num circulo de partilha
E tu quando te sentes frágil o que te aconchega?
Se descobrires o que realmente te conforta conseguirás transformar alguns momentos de carência, preenchendo o teu Ser, a tua Alma.

Acarinha-te, Mima-te, Aconchega-te !
                                        

                                          créditos: https://ru.depositphotos.com/stock-photos

Cris Méga
cristinamariamega@gmail.com

sábado, 17 de novembro de 2018

Mulher, o que diz o teu corpo?


Tens o hábito de observar o teu corpo e as suas mudanças?

E os teus seios? 

A saúde feminina é um tema que me tem despertado particular atenção, não só por ter completado 40 anos e ir observando as minhas naturais mudanças físicas, emocionais e mentais, como pelo trabalho que vou desenvolvendo com as mulheres, o que me faz desejar aprofundar estes temas.

A doença é muitas vezes a nossa Alma a manifestar padrões que precisamos de reconhecer, mudar e curar.

Relativamente aos nossos seios ou mamas como preferires, sugiro que mantenhas uma vigilância regular pois o cancro da mama aumenta a cada dia.

Tem presente que: 
- o corpo é o nosso templo;
- as emoções, os medos, os traumas "fixam-se" no nosso corpo e manifestam-se sob a forma de doença física, emocional, energética e mental.

O que poderás fazer?

- Autoexame regular notando se apresentas algum dos sintomas do cancro de mama;
- Consultar um médico e realizar exames de despiste;
- Meditar encontrando um espaço de silêncio só teu para que ouças melhor o corpo e aprendas a seguir a intuição;
- Dá movimento ao teu corpo dançando livremente pois esta é uma das muitas formas de libertares tensões e emoções reprimidas que conduzem à doença e poder-te-á ajudar a limpar o campo energético;
- Explora o teu corpo, acaricia-te e nota que mensagens o teu corpo te traz;
- Evita o soutien de arames ou deixa mesmo de o utilizar.

Existem sites com informação relativa aos sintomas do cancro de mama porém, procura (obrigatoriamente!) a ajuda de um(a) especialista caso notes algo diferente no teu corpo.
Mantém a calma e lembra-te de ser compassiva contigo. Diz a ti mesma aquilo que dirias a uma amiga querida:" Calma, teremos de ver de que se trata esse caroço mas por certo é só o teu corpo a pedir que olhes para ele, que o ouças e lhe dês atenção. Vai ficar tudo bem...".




As mamas representam a nossa capacidade de dar e receber, bem como, são um reservatório de emoções. Então seria benéfico que pudessem respirar ao invés de as limitarmos e as encerrarmos num soutien.

Bem sei que não será fácil para muitas de nós deixar de usar soutien mas a partir do momento em que experimentarmos a nossa circulação sanguínea fluirá muito melhor, a tonificação aumentará, o fluxo energético melhorará e talvez possamos experimentar uma sensação de liberdade, autoconfiança, maior compassividade e menos pudor.

Lembra-te que o cancro da mama segundo a Dra. Christine R. Page no seu livro “ Manual dos Mistérios da Mulher" reflete a mulher que se poderá sentir limitada, zangada, que procura agradar demasiado os outros, sente demasiada culpa e prende-se a mágoas deixadas por feridas do passado.

Identificas-te com algumas das coisas que aqui foram (des)critas? Então talvez possas escolher:

1. Desapegar-te da necessidade de cuidar em demasia dos sentimentos dos outros;
2. Pedir ajuda à tua família e amigos sempre que precisares;
3. Antes de dizer SIM de imediato questiona o teu útero "o que eu realmente quero?";
4. Aprende a colocar limites e dizer NÃO quando não queres fazer algo;
5. Expressa a raiva gritando, dançando, fazendo exercício, dando socos na almofada (sê criativa!);
6. Corta laços com as pessoas tóxicas;
7. Usa soutien sem arame ou deixa mesmo de o usar.

Sê feliz e Ama-te muito, mas Ama-te mesmo antes que a doença se instale!

Teresa Peral
teresaperalribeiro@gmail.com