quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A Mãe (Natureza)

Os pés na areia, o cheiro da floresta, o ruido das ondas do mar, o vento fresco no topo de uma montanha... Provocam-nos as sensações mais simples, mas no entanto mais belas e profundas. Apelam aos nossos sentidos e provocam um incrível e relaxante sentimento de bem-estar.

A natureza alimenta e purifica a nossa alma, o nosso corpo e a nossa mente, acolhe-nos com todo o seu esplendor e recebe e aceita a nossa presença e companhia independentemente do nosso estado ou condição. Simplesmente recebe-nos, torna-nos parte de si, da sua pureza, parte do magnífico equilíbrio perfeito por si criado.

No reino da natureza, mesmo dentro do maior caos, existe beleza, equilíbrio, calma e paz... Tudo é vida no seu reino, até mesmo na morte e destruição, encontramos nova vida e energia renovada.
A natureza tem o ritmo certo, tudo acontece no momento exacto, não existem ritmos impostos, tudo flui de forma precisa.

A natureza representa o equilíbrio supremo e ao entrarmos em comunhão com ela, também nós entramos num estado positivo de equilíbrio, acompanhamos o seu ritmo, tornamo-nos mais calmos e emanamos energia revigorada e positiva.
E o melhor de tudo,é que todos estes benefícios são gratuitos, a natureza não nos cobra pela sua partilha, a natureza apenas dá! Pedindo-nos em troca, apenas amor e estima.

Conecta-te com a natureza, a origem primordial de todos nós e através desta simples comunhão, encontrar-te-ás com o melhor de ti mesmo.


Joana Lourenço

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Silêncio

Silêncio


Silêncio - substantivo masculino (do latim silentium)

1. estado de quem se abstém ou pára de falar.
2. cessação de som ou ruído.
3. interrupção de correspondência ou comunicação.
4. omissão de uma explicação.
5. sossego, quietude, calma.
6. segredo, sigilo.
7. toque nos quartéis e conventos, depois do recolher.


.in dicionário Priberam.


Num mês privilegiadamente de festa, barulho, partilha, comunhão e férias, como é o mês de Agosto, venho falar sobre silêncio. Esse estado de ausência de ruído, ausência de comunicação, essa pausa, essa paragem.

Há-os de várias formas e tons.
Há os silêncios prateados das estrelas e os dourados do pôr do sol.
Há os doces e os salgados.
Há os planeados e os inesperados.
Há até os silêncios ensurdecedores.




Estar em silêncio, contemplar, observar, sentir ... 


São como uma estação de tratamento de ruídos. Permitem filtrar as interações, as partilhas e o ruído do dia, da semana, do mês. Limpam-nos os sentidos, apuram o olhar, a audição, o paladar ... Ajudam-nos a separar o importante do acessório. São de um valor inestimável!

A respiração fica mais presente, o coração bate mais devagar, o cérebro desliga dos múltiplos estímulos, o corpo sossega e a alma dança! A alma desperta e dança, dança, dança!

E depois há os silêncios em companhia! Estar na companhia de alguém em silêncio. Sem necessidade de conversas. Recordo muitos silêncios de ouro na companhia de pessoas especiais. Ainda hoje distingo as pessoas entre as que conseguem estar na minha companhia em silêncio, tranquilamente e as que não.

O silêncio devolve-nos a casa.




Rita Carreto
ritatoscanocarreto@gmail.com