quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Destralhar



                                                           Imagem: https://konmari.com/
DESTRALHAR… eu destralho, tu destralhas e nem sabes o bem que te faz!

Segundo o Dicionário Informal  “Destralhar: livrar se das tralhas..do que é inútil e sem valor”.
(https://www.dicionarioinformal.com.br/destralhar/)

Desde 2016 que sigo a legião das PESSOAS DESTRALHADORAS que seguem o Método Marie Kondo. What? E isto é o quê, mesmo?

Já te sentiste sem energia à procura daquela meia que completa o par e que ficou sabe-se lá onde? Ou ficaste desesperado/a por não encontrar na gaveta aquele documento?? Ou sem paciência para escolher a roupa para o dia seguinte por teres tanta tralha no roupeiro que o cérebro dá o nó? Aaahhh…e o belo do Tupperware que precisavas para levar a paparoca para o trabalho mas…NÃO ENCONTRAS A TAMPA??!!!
Bom mas o pior é que a desarrumação atrapalha a nossa vida e a nossa mente, por isso, destralhar e organizar o nosso espaço (casa, trabalho, relações,etc…) pode ser uma boa escolha para organizar também a nossa mente.
Marie Kondo, é uma especialista em organização pessoal, autora de best sellers e fundadora do KonMari Method™. É de nacionalidade japonesa e poderás saber mais sobre ela na sua página: https://konmari.com.

É autora do livro “ Arrume a sua casa, Arrume a sua vida”

Principais princípios do método de arrumação KonMari que transforma não só a tua maneira de pensar coo evita que a desarrumação regresse:

1º. Visualiza o estilo de vida que pretendes ter e o ambiente em que queres viver (cria uma imagem e associa sensações positivas). Poderás criar uma imagem de cada divisão da casa ou espaço em que habitas (imagina cada detalhe);

2º. Arruma tudo de uma vez só.
Isto significa arrumares tudo num dia, de uma assentada, ao invés de arrumares divisões em separado. Segundo a Marie o impacto no ambiente e na mente é muito mais positivo do que arrumares por dias dias ou divisões.

3º Reduzir o excesso:
Ao longo do tempo acumulamos vários objetos, ou seja, vários sapatos, várias canecas de chá, vários Tupperwares..e quantos usamos em simultâneo? Será que precisamos de tanta quantidade da mesma coisa? Opção: doar, deitar fora,  reciclar, vender...

4º Guarda aquilo que te traz alegria.
A Marie sugere que coloques o objeto nas tuas mãos e te faças a pergunta "Isto traz-me alegria? Sente a resposta do teu corpo, sensações, sentimentos...e escolhe de acordo com a sensação de alegria que te possa trazer.

5º Organiza por categorias e não por localização.
Ao invés de arrumares por quarto, sala, WC, opta por arrumar por categoria. Exemplo: roupas (vestidos, calças, roupa de cama, roupa de WC...), Livros (todos os livros que estiverem espalhados pela casa...) e agora, escolhe o que fica e o que vai...
Isto facilita o processo de seleção...

6º Começa pelas coisas mais fáceis e deixa as mais dificeis para o final.

Começa por destralhar as coisas com menos valor sentimental.
A Marie sugere:
1º roupas
2º livros
3º documentos
4º generalidades
5º coisas com valor sentimental (como fotografias, presentes personalizados...)
6º Faz da organização um momento especial.

Desfruta do processo e integra-o na tua vida como uma filosofia de vida.

A minha experiência com este método?,
Iniciei este método em 2016 e digo-vos que adquiri mais espaço físico em casa e melhor organização mental. Ganhei mais consciência de que na vida precisamos de pouco para ser felizes.

Enjoy!!
Bom destralhar!

PS: Na internet encontras imensa informação sobre o KonMari Method™, vídeos explicativos e ilustrações.

Em Amor…
Com Alma, Corpo e Mente
Teresa Peral
  teresaperalribeiro@gmail.com

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Os orgasmos não se fingem

Cada mulher tem direito a uma sexualidade prazerosa mas o que é certo é que muitas não a vivem dessa forma.

O coletivo feminino tem herdado, ao longo do tempo, uma carga pesada e exigente sobre o comportamento adequado das mulheres em sociedade.

Aos poucos foi-nos sendo retirado o poder pessoal, a nossa habilidade para nos conectarmos com o nosso centro e houve necessidade de ocultar e esconder o lado selvagem das mulheres.

Aprendemos a mascarar a ciclicidade e os fluídos (menstruação, amamentação, etc...) femininos como se não fossem normais ou pudessem ser aceites com naturalidade.

imagem www.eusemfronteiras.com.br

Às mulheres tem cabido o papel secundário de servir os homens, não tendo habitualmente destaque na História bélica do patriarcado. Mas elas, as mulheres, sempre estiveram na sustentação da vida privada e no papel determinante de dar continuidade e educação à sociedade. As mulheres são e serão sempre o berço sagrado do universo.

Aprendemos a ser castas e a doar-nos. E, as que quisemos chegar a lugares onde só podiam estar os homens, tivemos que quase sempre seguir modelos masculinos (diferentes da nossa essência) para nos destacarmos e sermos reconhecidas. E ainda que conseguíssemos chegar a esses lugares com excelência, muitos rótulos depreciativos nos foram sendo inscritos na pele e na História.

As mulheres não são melhores nem piores que os homens. Aliás, mulheres e homens têm sido vitimas da vivência de um poder masculino distorcido e dessacralizado, que impôs os mais fortes sobre os mais frágeis, que coloca as necessidades individuais à frente das do coletivo e que aniquilou a expressão das emoções que nos humanizam.

Criaram-se convenções sobre "como devemos ser e como temos de nos comportar" que nos afastam do que realmente somos. Fomos sendo desviados(as) do caminho que nos conduz às virtudes da alma e à conexão com a nossa essência.

A sexualidade é talvez um dos campos energéticos mais afetados por estas convenções e imposições. 
Sendo um tema tabu e endemoniado, é fonte de muitas distorções e fortemente polarizado numa indústria que valoriza o físico e a performance.

A partir daí, quantas vezes mergulhámos nas frustrações de não nos sentirmos plenos(as) ou de vivermos em constante superficialidade as relações sexuais?

Serão muitas (pessoais e legítimas) as razões que levam as mulheres a fingir orgasmos... 
Talvez sejam as mesmas razões que estão por detrás de tantos comportamentos que, mulheres e homens, fingem ter para serem aceites, doar o que é suposto e se sentirem valorizados pelos demais.

Importa que "os orgasmos não se finjam", assim como importa não fingir mais aquilo que não somos. Estamos, enquanto sociedade, frente ao desafio de nos voltarmos a conectar, fazendo este caminho de regresso ao centro e de resgate do poder pessoal. Mas este poder não é o que se impõe ou usa para manipular os outros. 

O poder pessoal está ao serviço das necessidades pessoais e também das necessidades do coletivo e é desde esse lugar, que podemos criar espaços de vulnerabilidade e conexão que nos devolvem à humanidade e à essência.

imagem https://myemail.constantcontact.com

É desde esse lugar...
que nos reconhecemos quando nos olhamos profundamente e nos emocionamos,
que existe segurança para nos mostrarmos como somos e sermos aceites em verdade,
e é, desde esse lugar também, que começamos a viver a sexualidade sagrada que invoca a ausência de fronteiras e a conexão com a energia universal.

É nesse lugar, onde não se finge, que existe espaço para nos partilharmos sem julgamento e onde podemos, em verdade e sem reservas, entregar-nos ao prazer de estar VIVOS(AS)!

Em Amor,
com Alma, Corpo e Mente.

Daniela Toscano
danielalourotoscano@gmail.com