Muito se fala de feminismo e do
feminino, circulos femininos, encontros de mulheres empreendedoras,
enfim uma série de actividades e iniciativas que aproximam as
mulheres umas das outras.
Nos vários circulos de mulheres que
hoje se realizam, e eu tenho realizado e participado em alguns, sinto
que cada mulher reencontra ou descobre o feminino em si, nas suas
várias vertentes e arquétipos. Estes encontros são altamente
curadores das várias dores do feminino, quer em relação ao
masculino, quer em relação às suas próprias dores internas.
Verifico que as mulheres têm
necessidade de se UNIREM. Não contra isto ou aquilo, mas sentirem
apenas a união entre as suas pares femininas. E isto é M A R A V I
L H O S O!
Porém ao mesmo tempo percebo que
muitas de nós mulheres, tão depressa somos solidárias como somos
tão más umas para as outras.
Quando é que isso acontece?
Quando se fala de outra mulher nas suas
costas, dizendo mal, ou criticando, ou apenas denegrindo a imagem da
outra companheira de existência. Isto é a energia da
malidecência, do dizer mal, só porque sim.
Talvez precisemos de aceitar que existe uma parte de nós que
inveja a outra mulher de alguma forma, ou as suas roupas, ou o seu
sucesso profissional/pessoal, ou porque é mais bonita, ou porque
tem um companheiro giro... por N razões, rapidamente nos colocamos
“contra” outra mulher nossa semelhante.
Precisamos estar mais conscientes destes
processos mentais.
Estar atentas aos pensamentos que
impelem para essas conversas maledicentes e sabermos que as palavras
têm a força de “destruir” o outro ser.
Pensemos que se estivermos solidárias
umas com as outras e nos entre-ajudarmos em todas as actividades,
juntas seremos mais FORTES.
UNIDAS seremos mais femininas e mais
equilibradas nos nossos vários arquétipos.
Então como agir quando discordamos de
uma atitude de outra mulher, em vez de a criticarmos pelas costas?
Respostas:
1. Podemos escolher encher o
nosso coração de compaixão, de compreensão e pensar:
“Se esta minha irmã de
caminhada não está a agir bem é porque ela não sabe fazer
melhor”.
- Podemos chamá-la em privado e perguntar porque fez isto ou aquilo, e sugerir que faça de outra forma para ser melhor. Apelar ao melhor da outra mulher, numa crítica construtiva.
- Podemos perdoar a outra mulher por nos ter magoado com alguma atitude, pensando que ela não tem consciência do quanto isso nos magoou tanto. Porque a compaixão desce quando nós percebemos que nem todos temos a mesma connsciência da vida, e que todos vimos para evoluir.
- Pensar que não nos cruzamos umas com as outras por acaso, mas sim porque podemos evoluir com esta colega, ou com aquela mulher, que está ao nosso lado numa situação qualquer.
AMEMO-NOS irmãs de caminhada.
Ajudemo-nos umas às outras a evoluir.
imagem de
Cristina Méga