É tão interessante pensar na nossa
personalidade e quem somos, e por que somos quem somos... Complexo?
A maioria das nossas atitudes e acções
diárias resultam da nossa vontade, da nossa personalidade – as quais, por sua
vez, são consequência da actividade química no nosso cérebro. Isto sem contar,
evidentemente, com toda a componente não palpável nem mensurável, como seja a
alma, entre muitos outros aspectos. O foco, hoje, é a relação entre a personalidade e o uso de medicação convencional.
Por outro lado, quando no nosso
cérebro ocorrem desequilíbrios químicos (ao nível da dopamina ou da adrenalina, por exemplo), pode surgir uma
doença, que o médico convencional tratará com medicamentos. Por sua vez, esses
medicamentos vão actuar sobre o meu humor, a minha energia, os meus pensamentos,
o meu ritmo biológico, etc. Especialmente quando se tratam de medicamentos para
doenças da mente.
Por exemplo: se uma pessoa se encontra
num processo depressivo do qual não consegue sair sozinha e procura ajuda
médica (convencional), a solução que lhe será apresentada, tipicamente, será a
de tomar um anti-depressivo. Esse anti-depressivo pode capacitá-la para ficar «operacional»,
no sentido de conseguir levantar-se e ir para a faculdade ou trabalhar,
preparar uma refeição, etc. Porém, se a pessoa, como efeitos secundários, sofre
alteração do padrão de sono, de humor, de pensamentos, entre outros, então até
que ponto é que existe vontade própria? Até que ponto é que a pessoa é quem
realmente é?
Além disso... se eu tomar medicamentos
que afectam a maneira como penso, o que eu penso e como actuo, que efeitos
poderão ter a longo prazo? Poderão influenciar
a minha personalidade, ao ponto de a alterar irreversivelmente?
Qual é, então, a fronteira entre o que
sou eu (a minha essência, o meu ser, a minha vontade própria), e o cocktail
químico que me vai no cérebro?
Esta reflexão baseia-se não só numa
vivência pessoal, como também na ponderação do efeito real que podem ter os
medicamentos convencionais sobre quem os toma e quem os rodeia. E o objectivo é
tão somente esse: reflectir, ponderar opções.
Talvez valha a pena considerar alternativas
menos invasivas, como por exemplo a meditação (entre tantas outras que aqui
poderíamos mencionar), que não prevê quaisquer efeitos secundários negativos e
cujos resultados poderão ser a um nível bem mais profundo e eficazmente
apaziguador.
Quais são as vossas vivências? Que
soluções encontraram?
Em Amor...
Com Alma Corpo e Mente.
Com Alma Corpo e Mente.
©
imagem: Liliana Lourenço
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