quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Medicamentos vs Personalidade


“Hoje sinto-me melhor.”

É tão interessante pensar na nossa personalidade e quem somos, e por que somos quem somos... Complexo?

A maioria das nossas atitudes e acções diárias resultam da nossa vontade, da nossa personalidade – as quais, por sua vez, são consequência da actividade química no nosso cérebro. Isto sem contar, evidentemente, com toda a componente não palpável nem mensurável, como seja a alma, entre muitos outros aspectos. O foco, hoje, é a relação entre a personalidade e o uso de medicação convencional.

Por outro lado, quando no nosso cérebro ocorrem desequilíbrios químicos (ao nível da dopamina ou da  adrenalina, por exemplo), pode surgir uma doença, que o médico convencional tratará com medicamentos. Por sua vez, esses medicamentos vão actuar sobre o meu humor, a minha energia, os meus pensamentos, o meu ritmo biológico, etc. Especialmente quando se tratam de medicamentos para doenças da mente.    

Por exemplo: se uma pessoa se encontra num processo depressivo do qual não consegue sair sozinha e procura ajuda médica (convencional), a solução que lhe será apresentada, tipicamente, será a de tomar um anti-depressivo. Esse anti-depressivo pode capacitá-la para ficar «operacional», no sentido de conseguir levantar-se e ir para a faculdade ou trabalhar, preparar uma refeição, etc. Porém, se a pessoa, como efeitos secundários, sofre alteração do padrão de sono, de humor, de pensamentos, entre outros, então até que ponto é que existe vontade própria? Até que ponto é que a pessoa é quem realmente é?

Além disso... se eu tomar medicamentos que afectam a maneira como penso, o que eu penso e como actuo, que efeitos poderão ter  a longo prazo? Poderão influenciar a minha personalidade, ao ponto de a alterar irreversivelmente?

Qual é, então, a fronteira entre o que sou eu (a minha essência, o meu ser, a minha vontade própria), e o cocktail químico que me vai no cérebro?

Esta reflexão baseia-se não só numa vivência pessoal, como também na ponderação do efeito real que podem ter os medicamentos convencionais sobre quem os toma e quem os rodeia. E o objectivo é tão somente esse: reflectir, ponderar opções.

Talvez valha a pena considerar alternativas menos invasivas, como por exemplo a meditação (entre tantas outras que aqui poderíamos mencionar), que não prevê quaisquer efeitos secundários negativos e cujos resultados poderão ser a um nível bem mais profundo e eficazmente apaziguador.

Quais são as vossas vivências? Que soluções encontraram?

Em Amor...
Com Alma Corpo e Mente.


 © imagem: Liliana Lourenço 



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