sexta-feira, 12 de julho de 2019

Fazes amor contigo?

Nascemos e permanecemos vida afora na companhia deste grande ser de luz que cada um(a) de nós é.

Ao longo do tempo - e sobretudo quando começamos a ganhar consciência de nós mesm@s - o desafio de nos amarmos incondicionalmente, bate-nos à porta.

Nesses momentos, somos convidad@s a mergulhar nas nossas águas mais profundas, a visitar os nossos ossos mais recônditos e a ir soltando a nossa essência tantas vezes reprimida.

Ter a coragem de abrir essa porta representa muitas vezes um choque porque começamos a ver-nos sem filtros e vamos desmontando várias construções sociais que fomos criando.

Às vezes gostamos de quem somos, outras... odiamo-nos até à última instância.

Coloca-te a seguinte questão:
- Quão difícil é para ti amares-te?

Podes responder de 1 - nada difícil, até 10 - extremamente difícil.
Que número surgiu? Aceita-o, se possível, sem julgamento.

Quando a resposta se aproxima do 10, o teu ser divino está a pedir-te (a gritos!) auto-amor, auto-compaixão, carinho e abraços que tu mesm@ lhe podes dar...
Recorda que és-contigo a relação mais importante que constróis na tua vida. É a partir dela que edificarás mais e melhores relações com os outros.


Poderás perguntar-te:
- Estar tão focad@ em mim e nas minhas necessidades não é egoísmo?

Sim, sempre que o fizeres para alimentar exclusivamente as necessidades do ego, é EGOísmo.
Mas, felizmente, deixa de o ser quando te predispões a alimentar e nutrir os pedidos da alma.

- Quais são esses pedidos?

Querer-te bem acima de todas as coisas, para poderes querer os outros desde um lugar de amor incondicional, liberdade e confiança.

Aceitares-te, para poderes aceitar cada um dos seres que te rodeia sem julgamento ou dor.

Respeitares as tuas necessidades, para poderes respeitar as necessidades dos outros.

Escolheres nutrir a tua fonte de recursos interna, para poderes dar aos outros a partir de um lugar de abundância onde nada te falta ou faltará.

Conheceres bem quem és, definires e respeitares os teus limites de forma sagrada e amorosa, para poderes reconhecer e respeitar os limites dos outros, relacionando-te em paz e harmonia.

Fazer amor com o teu ser, reconhecendo-o na sua divindade, beleza e perfeita imperfeição, para que possas elevar-te ao amor sagrado, expandido e conectado quando escolhes ser com os outros em relação.

Está dentro de nós o ser completo que tantas vezes procuramos fora. Temos a habilidade de fazer sempre brotar a fonte do amor próprio, satisfazendo cada necessidade de carinho e nutrição, para manter cheio de água limpa e fresca, este cântaro interno.

Darmo-nos aos outros a partir desse lugar de abundância interior, transforma-nos e transforma as nossas relações. Deixamos de cobrar, pedir ou sentir que o outro tem obrigação de nos dar o que não conseguimos dar-nos a nós mesm@s.

Amamos o outro, não por sentir que nos completa mas porque - desde um lugar de amor próprio - podemos partilhar todo o amor que transbordamos em expansão e não em carência.

Quanto mais e melhor amor fizeres contigo, melhor amante serás! Ama-te!

Em Amor.
Com Alma, Corpo e Mente!

Daniela Toscano
danielalourotoscano@gmail.com



Um grande agradecimento às mulheres a quem pedi para me dizerem o que para elas significava auto estima. A partir das suas partilhas surgiu este texto.
Partilho as suas palavras também convosco:


Amor incondicional por nós próprias com tudo o que somos… É cuidarmo-nos em primeiro lugar. É sermos gentis e absolutamente carinhosas connosco em qualquer situação, aconteça o que acontecer. 

Auto estima é fazer amor comigo própria. Amor do bom. 

É a capacidade de gostarmos de nós próprias. 

Auto estima é amar-me e aceitar-me incondicionalmente por tudo o que sou, as coisas boas e as coisas menos boas, e tudo o que quero ser. É nutrir esse amor diariamente e não alimentar comparações nem julgamentos. 

É permitir-me ser quem sou e cuidar das minhas necessidades e comunicar os meus limites. É a soberania interior, o sentido de valor e merecimento perante a vida independentemente das circunstâncias externas. Uma semente que importa ser regada desde o início da nossa vida para que possa florescer de forma saudável. A auto-estima funciona como o sistema imunitário social. 

O valor do outro não afeta o meu, o meu valor não diminui ninguém. A auto-estima é um direito de todos nós pela nossa existência divina. 

Cuidar de mim, das minhas emoções. Cuidar das minhas alegrias, fazer coisas que me nutrem. 

Colocar-me em primeiro lugar nas decisões, quando estas põem em causa a minha “persona” e os meus valores.

Sem comentários:

Enviar um comentário