quinta-feira, 5 de março de 2020

Álcool e Agressividade

Fala-se de violência doméstica mas muitas vezes não se relaciona esta questão com o consumo de álcool.

Como Portugal é produtor de álcool, e porque se consome socialmente, este não é considerado uma droga, tal como foi definida pela OMS em 2004. É uma droga porque actua no sistema nervoso do Ser e desiquilibra todos os seus comportamentos.

Os paises produtores de álcool, normalmente banalizam o consumo desta substância. 
Em Portugal o consumo inicia-se muito cedo nos jovens de 14 anos com excessos, aparecendo muitas vezes associado a comportamentos de agressividade e alguma violência.
Segundo a tese de mestrado de Ana Sofia Duarte Serra, (24336, Álcool e Criminalidade Mestrado em Psicologia da Justiça)

"É importante perceber que o álcool altera o funcionamento cerebral e, portanto, afeta os mecanismos biológicos do indivíduo, fazendo com que exista uma perda do controlo do impulso para beber álcool. Aliado a esta premissa, está o facto de cada vez mais existir um consumo padronizado de bebidas alcoólicas, mais precoce e abusivo, e que maioritariamente é feito com o objetivo de atingir determinados estados de consciência que, de acordo com o efeito patológico da substância, proporcionam ao indivíduo uma enorme sensação de dormência e de bem-estar e de uma possível fuga à realidade, atingindo sensações de leveza, de forma a amenizar sentimentos de tristeza, frustração, e mal-estar.

Ou seja, o consumo de determinadas substâncias, como o álcool, oferece à pessoa um efeito psicoativo satisfatório e prazeroso, que faz com que os próprios mecanismos cerebrais motivem o reforço da preservação desse comportamento, como se o mesmo fosse biologicamente necessário.  

A ação do álcool atua essencialmente nas funções neuroquímicas dos sistemas GABA (ácido gama-aminobutírico), glutamato, norepinefrina, dopamina, acetilcolina, e serotonina. Esta última tem sido relevante na compreensão da regulação do comportamento violento. Desta forma, a baixa produção de serotonina está intimamente associada aos comportamentos agressivos que, por sua vez, estão ligados à utilização crónica de álcool (Monnot, Nixon, Lovallo, & Ross, 2001, cited in de Almeida, Pasa, & Scheffer, 2009).

Essencialmente, os distúrbios ligados à utilização de álcool comprometem a atenção, a memória, as funções cognitivas e viso-espaciais, e provoca também alterações comportamentais, principalmente ao nível da desinibição, do aumento da agressividade, da perda do controlo dos impulsos, e da euforia. 

Em indivíduos com condutas criminosas, bem como em indivíduos com consumos excessivos de álcool, verificam-se alterações no lobo frontal, nomeadamente, a nível da atenção, da concentração, da motivação e da avaliação das consequências das suas ações, juntamente com um aumento da impulsividade e de um maior descontrolo comportamental (Nunes, 2010)".


É portanto urgente fazer esta relação do álcool com a violênca doméstica. 

Se sentes muitas vezes um apelo ao consumo de álcool para atingires alguns dos obejctvios acima descritos, tem atenção às tuas necessidades, às tuas emoções, e pede ajuda a um profissional.

Em Amor
Com Alma Corpo e Mente

                                                                                                     Cristina Mega
                                                                                                Coach PNL/Terapeuta
                                                                                             
                                                                                    crismega.equilibriodoser@gmail.com

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