domingo, 30 de junho de 2019

A Mudança acontece agora!

Photo by Anil Jagatap on Unsplash

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Teixeira de Andrade

Quando decides mudar, tudo muda. E mudar é desconfortável, às vezes muito, às vezes pouco mas implica sempre enfrentar o desconhecido e a incerteza. Talvez estejas à espera do momento certo, talvez estejas às espera que alguém te dê permissão. Sabes que mais? Não há momento certo, há o momento em que escolhes começar, o momento em que escolhes fazer diferente e dar o primeiro passo, o momento em que te dás permissão para seguir o teu próprio caminho, aquele que te sussurra (ou grita!) ao coração.

Quando mudas, é normal sentir medo de falhar, alguma confusão mental (não te esqueças que o teu cérebro está a fazer novas ligações) e a sensação de estar perdido em pensamentos e emoções (muitas vezes contraditórias), ter receio da crítica e de fazer opções “erradas” e de ter de escutar o “eu bem te avisei” das pessoas às quais o teu caminho assusta. Algures pelo meio, na transição entre o velho e o novo, poderão começar a surgir pensamentos que te sabotam o caminho, em que começas a questionar se serás capaz, se não deverias ter ficado onde estavas, no mundo que conhecias. Começas a questionar se a dor e o desconforto que sentes com a mudança valem mesmo a pena.

Quando decides verdadeiramente mudar, talvez começes a ver coisas que antes não vias, umas pessoas aproximam-se e vêem-te e aceitam-te por quem és, sentem e reconhecem a tua coragem e sentem-se inspiradas por ela. Outras talvez se afastarão pela dificuldade em lidar com o confronto com a seu próprio medo de mudar. E está tudo bem.

Quando decides verdadeiramente mudar, conheces novas partes de ti com as quais nunca tinhas sido confrontada, novas dores, novos padrões que ainda não tinhas olhado de frente, novas feridas para curar. Como se fossem mais uma camada da tua “cebola” que se descasca para te aproximares mais de ti, da tua alma, da tua essência. Para a tua (nossa) evolução.

Após essa mudança, essa cura das tuas feridas, após as camadas que não interessam se descascarem, ficará o essencial, o que verdadeiramente importa. E aí percebes que o medo faz parte de todos nós, tal como qualquer emoção é uma energia que se manifesta em nós, e que existe para nos proteger. E por vezes essa proteção é tão forte que não nos deixa respirar, não nos deixa ser quem somos e viver a vida que queremos viver. Lembra-te que a sua função é proteger do desconhecido.

O medo vai sempre surgir, o medo de não ser suficiente, o medo de falhar o medo de ficar sozinha… Quando reconheces e acolhes esse medo, quando perdes o medo de ter medo e lhe dás um significado positivo, encontras a coragem de ser quem és, de viver a vida que queres viver e mudar aquilo que queres mudar. Deixar ir aquilo que já não te serve e te abrires ao que a vida tem para ti, agora! E esta mudança às vezes acontece apenas dentro de ti, o momento em que surge um novo pensamento, uma nova ideia, uma nova perspetiva, um novo olhar… e muda tudo. É o momento em que a verdadeira mudança acontece! E isso, é pura magia.

Que mudanças sentes que precisas de fazer na tua vida? Partilha connosco! Quem sabe seja este o sinal de que estavas à espera para dar o primeiro passo.

Boas mudanças.

Com Amor,
Alma Corpo e Mente

Cristina Batalha
Coach & Facilitadora de Parentalidade Consciente
cristinabatalha@gmail.com

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