segunda-feira, 24 de junho de 2019

Não é uma questão de estar certo ou errado, é uma questão de valores!


Se me dissessem isto há uns tempos atrás negaria esta afirmação com todas as letras, mas nos dias que correm deixei de me preocupar em demasia com os valores dos outros e preocupar-me mais com os meus, cumprindo da melhor forma aquele que é o meu compromisso, ao invés de usar as minhas forças para fazer alguém acreditar nos meus. 


Querem saber? É uma perda de tempo de energia, por muito boa vontade que exista, porque na verdade somos efectivamente todos diferentes, e se esta mudança de estrutura só servir para nos destruir porquê lutar? O melhor é cultivar aquele que tem sido o meu maior valor dos últimos tempos, o desapego.

Desapego e Desprendimento

Muitas vezes confundidos, desapego e desprendimento são dois conceitos totalmente diferentes, que não significam o mesmo.

Praticar o desapego é deixar de viver na dor da ansiedade e entregar ao Universo, deixando que este flua, no seu tempo e espaço, aprendendo com o passado, desconectar-se do futuro e viver o presente o mais possível. Porque havemos de continuar a sofrer com a depressão do passado, que nos prende e nos impede de avançar ou viver em ansiedade com o futuro se é o presente que nos constrói?

Desprendimento é simplesmente não se querer saber sequer de nada nem de ninguém, sobretudo quando se magoa o outro.

Família e estruturas de apoio

Todos nascemos com estruturas educacionais diferentes, em diferentes locais, tipos de famílias com energias nucleares diferentes, com maiores e menores níveis de empatia. 

Todos estes fatores não nos tornam propriamente pessoas más, mas muitas vezes com valores muito distintos, que não valorizam o mesmo que nós, ou que pelo menos a maioria.

Poderá parecer sinistro o que vou afirmar, mas até para os sociopatas e psicopatas, mesmo nós sabendo que a sua psicopatologia é disfuncional, e os condenemos moralmente, têm o seu próprio sistema de valores, e para eles tudo aquilo que fazem tem uma lógica moral, mesmo que desprovida de qualquer tipo de emoção e "sem moral" para o mais comum dos mortais.

Decisions decisions...

Por muito difícil e doloroso que saibamos que possa ser, tanto para nós, como para o outro, devemos ser capazes de criar empatia com o outro, pese embora
que isso implique um afastamento pontual ou definitivo, ou que tenhamos de cortar para sempre qualquer tipo de contacto. Está certo? Está errado? Eu não sei, porque o meu sistema de valores é diferente, com toda a certeza do sistema de quem possa estar a ler este artigo.

Contudo é importante frisar que sempre que nos afastamos do nosso sistema de valores estamos a trair-nos, e certamente isso só nos trará infelicidade. Se nas relações eu defendo o respeito, a lealdade e a amizade, certamente que jamais me conseguirei ligar de forma pacífica com alguém que desrespeita, é desleal e egocêntrico.

O que te diz o teu sistema de valores?

Em amor

Com Alma Corpo e Mente


Sofia Rijo
sofia.rijo@gmail.com

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