quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

A minha vulnerabilidade


Quando me aceitei de verdade (re)encontrei-me!


Era Primavera, a Natureza vibrava lá fora, e eu ao contrário, passava por um dos períodos mais difíceis e exigentes da minha vida. Era um desafio hoje, era um desafio amanhã, era um outro depois de amanhã… Mal eu sabia que este período de desânimo e descrédito pela vida seria o passaporte para um eu mais inteiro, mais integral e integrado. Mais presente e consciente de mim mesma.
Os dias passavam e eu sobrevivia às dores da vida, dores essas que se iam manifestando no meu corpo físico. Eu que nunca tinha estado doente, via-me agora ali entregue a passar os meus dias deitada numa cama sem ânimo, desejo ou motivação para o que quer que fosse. Eu que sempre fora tão cheia de vida, tão cheia de energia, tão independente… Onde estava esse eu?
Aquele foi o tempo para questionar quem eu realmente era, o que queria deixar como legado a este mundo que me recebeu de forma a cumprir a minha missão, o que faz sentido para mim desde a minha essência… Quais as partes de mim que ainda mantinha escondidas na sombra, com medo de não corresponder com as expectativas alheias… Partes essas que se vieram a manifestar Luz e a possibilitar-me ser o que vim aqui para ser. Encontrei dons, talentos e recursos que me servem para SER!
Foi o tempo para me olhar, para me escutar, para me cheirar, para me sentir, para me saborear... Para me conhecer nas minhas fraquezas, na minha vulnerabilidade… Que eu sempre neguei enfrentar! Ali estava ela… Trazida pelo Universo de forma a eu não ter mais como fugir.
O encontro não foi confortável de início… Houve muita resistência do meu ego… Mas o Universo é extremamente sábio e sabia que eu estava pronta para aquele encontro… O meu self foi muito paciente com o meu ego… E o abraço forte, caloroso e sentido que me permiti dar à minha vulnerabilidade, levou-me a reconhecer nela mesma. A aceitar-me, a acolher-me e a honrar-me nesta complexidade que sou!

Hoje sou grata por tudo ter sido com foi, pois só assim tive oportunidade de me (re)conhecer.



Deixo-te esta partilha pessoal, com o desejo de que ela de alguma forma ressoe em ti e te leve a abrir espaço para uma nova tomada de consciência, uma tomada de consciência mais ampla e mais plena; no caminho da cura, da transformação e transmutação de alguma das tuas dores.

Catarina Ferreira dos Santos
cathy.f.santos@gmail.com

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