Fala-se de violência doméstica mas muitas vezes não se relaciona esta questão com o consumo de álcool.
Como Portugal é produtor de álcool, e porque se consome socialmente, este não é considerado uma droga, tal como foi definida pela OMS em 2004. É uma droga porque actua no sistema nervoso do Ser e desiquilibra todos os seus comportamentos.
Os paises produtores de álcool, normalmente banalizam o consumo desta substância.
Em Portugal o consumo inicia-se muito cedo nos jovens de 14 anos com excessos, aparecendo muitas vezes associado a comportamentos de agressividade e alguma violência.
Segundo a tese de mestrado de Ana Sofia Duarte Serra, (24336, Álcool e Criminalidade Mestrado em Psicologia da Justiça)
"É importante perceber que o álcool
altera o funcionamento cerebral e, portanto, afeta os mecanismos
biológicos do indivíduo, fazendo com que exista uma perda do
controlo do impulso para beber álcool. Aliado a esta premissa, está
o facto de cada vez mais existir um consumo padronizado de bebidas
alcoólicas, mais precoce e abusivo, e que maioritariamente é feito
com o objetivo de atingir determinados estados de consciência que,
de acordo com o efeito patológico da substância, proporcionam ao
indivíduo uma enorme sensação de dormência e de bem-estar e de
uma possível fuga à realidade, atingindo sensações de leveza, de
forma a amenizar sentimentos de tristeza, frustração, e mal-estar.
Ou seja, o consumo de determinadas
substâncias, como o álcool, oferece à pessoa um efeito psicoativo
satisfatório e prazeroso, que faz com que os próprios mecanismos
cerebrais motivem o reforço da preservação desse comportamento,
como se o mesmo fosse biologicamente necessário.
A ação do álcool atua
essencialmente nas funções neuroquímicas dos sistemas GABA (ácido
gama-aminobutírico), glutamato, norepinefrina, dopamina,
acetilcolina, e serotonina. Esta última tem sido relevante na
compreensão da regulação do comportamento violento. Desta forma, a
baixa produção de serotonina está intimamente associada aos
comportamentos agressivos que, por sua vez, estão ligados à
utilização crónica de álcool (Monnot, Nixon, Lovallo, & Ross,
2001, cited in de Almeida, Pasa, & Scheffer, 2009).
Essencialmente, os distúrbios
ligados à utilização de álcool comprometem a atenção, a
memória, as funções cognitivas e viso-espaciais, e provoca também
alterações comportamentais, principalmente ao nível da
desinibição, do aumento da agressividade, da perda do controlo dos
impulsos, e da euforia.
Em indivíduos com
condutas criminosas, bem como em indivíduos com consumos excessivos
de álcool, verificam-se alterações no lobo frontal, nomeadamente,
a nível da atenção, da concentração, da motivação e da
avaliação das consequências das suas ações, juntamente com um
aumento da impulsividade e de um maior descontrolo comportamental
(Nunes, 2010)".
É portanto urgente fazer esta relação do álcool com a violênca doméstica.
Se sentes muitas vezes um apelo ao consumo de álcool para atingires alguns dos obejctvios acima descritos, tem atenção às tuas necessidades, às tuas emoções, e pede ajuda a um profissional.
Em Amor
Com Alma Corpo e Mente
Cristina Mega
Coach PNL/Terapeuta
crismega.equilibriodoser@gmail.com
Sem comentários:
Enviar um comentário